sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Poesia em prisão de ventre

A poesia lá dentro presa.
Num estado de profunda mudez.
E sobre todas as coisas a poesia gritaria...
Estática sou quando não grito na poesia,
Não ao verso,
Não à cada letra
Não à cada ponto e virgula.

Poesia em prisão de ventre,
Sem causa nem motivo aparente.

A falta da poesia
Em mim,
Olhos abertos
e total cegueira.

Um comentário:

  1. O laxante da poesia talvez funcione ao contrário: tem que forçar para a poesia não nascer. Forçá-la a ser muda, a ser presa, a não ter motivo. Aí então ela vai nascer e gritar com toda força, quando você menos esperar.

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