sábado, 10 de janeiro de 2015

Pequena crônica poética – a caixa amplificadora

Enxerguei os sons do brejo,
repositório orquestral...
 silêncios são faixas do inaudível.


Quando a luz do dia vai sumindo
volumes sonoros se abrandam.
Notas silenciais são agudas.


Desejos de guardar os sons,
como a concha guarda o som do mar.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Dos traços paternos

Poucos traços seus 
Desenham os traços meus
Seus traços, sombras no meu rosto.

De herança,  os modos seus
 ao longe o sorriso frente a espera ansiada da menina, 
  [as mesmas banalidades invisíveis que tento capturar]
as quinquilharias são de grande estima 
para cada coisa uma história,
sentido dos objetos, alma de lugar.
[ teimo em diminuir minhas tralhas mas permanecem as coleções de papeizinhos                  avulsos por dentro dos cadernos de notas desimportantes] 
A música sua é avarandada para a rua,
busca de ouvintes, 
sua observância enxerga os gostos 
a marchinha do quarto centenário era do vizinho da esquina.
Pode ser o violão elegante
mas é sempre a sanfona que acende as almas.
            [ nenhum som amplifico. Música sua transformada em sentido de apreciação,
as modas sertanejas e a singeleza
formaram o território poético]

Os anos que passam em nós
aproximam os modos,
e se por vezes os modos meus são diversos
a matéria essencial é o modo seu.

Uma coletânea

O Desacanhamento poético virou um pequeno ebook... tentei organizar a produção ao longo desses dez anos! É algo pequeno, mas uma forma de ...