quinta-feira, 25 de março de 2010

Alargar de mim

O passar dos anos
corrói minha matéria,
esta que sinto com
meus dedos,
vai deixando vestígios.
Ao mesmo tempo
que alarga
o que dentro tenho,
em meus outubros
descubro certas coisas,
certos ângulos
que destemperadamente
abrem um sorriso,
ou uma lágrima,
ou não sei ao certo,
não sou eu quem controla
me surgem.

O alargamento de mim,
faz com que os
tempos
se misturem,
de forma
que em certos momentos,
as lembranças
sucumbem diante de seu peso,
é quando arrebenta
a vontade de continuar
de forma imutável
e a impossibilidade de fazê-lo,

é só o alargamento em mim,
que me faz muda
,diante das circunstâncias
previsíveis e incompreensíveis,
a todos homens e mulheres.

Crisálida ao contrário

O frágil inseto vibrava
suas
asinhas

as rajadas
tilintavam
em meus
ouvidos.

me apiedei
da incansável
tentativa de fuga
através
do vidro.

Do que me pinto

Estes vermelhos
que me pintam
são parte
da volúpia,
em si
sacrossanta.

Uma coletânea

O Desacanhamento poético virou um pequeno ebook... tentei organizar a produção ao longo desses dez anos! É algo pequeno, mas uma forma de ...