(Para Karine Oliveira)
I
As ruas aqui cheiram,
Aquele cheiro de coisa guardada,
no oculto da noite.
Narinas ébrias.
II
Sinos dobram
ecoam no meu silêncio,
olho fulgura nas tochas,
o homem criando seus espaços de Deus.
desde de sempre.
III
Desconcerto,
por trazer essa centelha
Humana
de puro mistério.
Medo,
da brevidade.
IV
Tempo,
noto seus volteios
nos cabelos gastos.
Há sim certo incomodo
por saber que o corpo não me pertence,
Mas pungente é a constância
do estado interrogativo.