sexta-feira, 30 de março de 2012

Pequena crônica poética – versos crescentes

                               (Para Karine Oliveira)

I

As ruas aqui cheiram,
Aquele cheiro de coisa guardada,
no oculto da noite.
Narinas ébrias.

II

Sinos dobram
ecoam no meu silêncio,
olho fulgura nas tochas,
o homem criando seus espaços de Deus.
desde de sempre.

III

Desconcerto,
por trazer essa centelha
Humana
de puro mistério.
Medo,
da brevidade.

IV

Tempo,
noto seus volteios
nos cabelos gastos.
Há sim certo incomodo
por saber que o corpo não me pertence,
Mas pungente é a constância
do estado interrogativo.

domingo, 4 de março de 2012

Pequena crônica poética – ruas


Os pés saltitam por sobre
As calotas pétreas,
Se chove,
As pernas se projetam,
em salto,
sobre a capistrana cheia de água.
Todo vilaboense deve ter algo
Entre bailarino e acróbata.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Sobre a mulher e o casulo



                        ( para todas as mulheres amigas de minha vida)

Entre si |elas| criam casulos.
Mulheres enredam suas relações,
Teias cúmplices de dividir lágrimas;
alguns segredos e pequenos delitos . |conspirações|
Há sempre um pouco de desnudamento
Uma frente à outra.

Cada casulo tecido
Tem seu antagonismo.

Uma coletânea

O Desacanhamento poético virou um pequeno ebook... tentei organizar a produção ao longo desses dez anos! É algo pequeno, mas uma forma de ...