O olhar alheio
de natureza dúbia,
perpassa a carapaça.
E quando a imagem reflete na retina,
por poucos instantes perco-me
entre a pálida certeza do meu ser,
e a sombra no olho alheio.
Iminências de não caber no mundo.
sábado, 9 de julho de 2011
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Pequena crônica poética – turvação atmosférica
Aqui há um rio,
a cidade passa pelo rio,
a manhã de julho
arrepia meus pêlos
os olhos se embaçam
na neblina ...
que pinta o rio no céu,
pintura que se sublima.
Espetáculo matinal.
a cidade passa pelo rio,
a manhã de julho
arrepia meus pêlos
os olhos se embaçam
na neblina ...
que pinta o rio no céu,
pintura que se sublima.
Espetáculo matinal.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Colóquio sobre o tempo
(Para Patrícia)
Temo o tempo
Ladrão de minha feminina vaidade,
temo o tempo,
pelo constante atropelo,
temo o tempo,
pela fatalidade do senso comum
passa num piscar-de-olhos,
temo o tempo,
porque a elasticidade se esvai
mas dentro a dança é a mesma,
temo o tempo,
pela anestesia em minha memória,
temo o tempo,
por sentir a distância crescer
temo o tempo,
por tantas sofreguidões cotidianas
aspiradores de mim.
temo o tempo,
com o juízo sobre os verbos,
era, sou e serei.
Temo o tempo,
em oração.
Temo o tempo
Ladrão de minha feminina vaidade,
temo o tempo,
pelo constante atropelo,
temo o tempo,
pela fatalidade do senso comum
passa num piscar-de-olhos,
temo o tempo,
porque a elasticidade se esvai
mas dentro a dança é a mesma,
temo o tempo,
pela anestesia em minha memória,
temo o tempo,
por sentir a distância crescer
temo o tempo,
por tantas sofreguidões cotidianas
aspiradores de mim.
temo o tempo,
com o juízo sobre os verbos,
era, sou e serei.
Temo o tempo,
em oração.
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