quarta-feira, 6 de julho de 2011

Pequena crônica poética – turvação atmosférica

Aqui há um rio,
a cidade passa pelo rio,

a manhã de julho
arrepia meus pêlos
os olhos se embaçam
na neblina ...
que pinta o rio no céu,
pintura que se sublima.
Espetáculo matinal.

4 comentários:

  1. raquel!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    arrepiei, de verdade. Fiquei agradecido a Deus por vc ter escrito este poema.

    em primeiro lugar, a cidade passa pelo rio!!!! Lindo, porque é sempre o rio que passa. Essa tirada de foco, da cidade para o rio, é muito legal, porque quem chega depois é a cidade mesmo, o rio que é a constante, o substrato.

    Agora, essa descrição da neblina, é linda: ela pinta o rio no céu!!!!!! Uma pintura que sublima, como naftalina!!!!!! Gente. Muito bom mesmo. Tem um poema do João Cabral de Melo Neto que se chama 'Tecendo a manhã', que acho belíssimo, simplesmente explicando o que é o amanhecer. Você fez o mesmo, com a mesma qualidade, sobre a neblina. Obrigado.

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  2. É muito fácil compreender o porquê que poemas e textos tão belos quanto esse, que alcançam a alma e tornam o dia do leitor mais bonito, não tem muitos comentários.
    É porque, após ler, ao leitor faltam as palavras.

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  3. ...entendi... e adorei.
    beijus !

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  4. Raquel... Acho esse seu poema um dos mais bonitos da lingua portuguesa. Pelo menos dos que já li.... De verdade!

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