quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Embornal da saudade

                    Homenagem aos amigos nativos ou não de Uberlândia, a enorme falta!


No princípio eram as ânsias,
mas
quando os olhos se abriram de
             estatalar
foi o
     susto,
e o olhos estalados de susto,
viam as compridas avenidas,
os ônibus aboletados,
as lojas,
o ir e vir,
e tudo tão grande.


Ainda cheio de susto,
foram adentrando
as marias
e joãos,
e então o susto
apavorou-se.
E quando ensaiva a volta
as marias
e joãos
eram só abrigo.
E assim tudo ficou familiar,
de tal jeito,
que todos os dias
são estes agudos no peito.

2 comentários:

  1. raquel,
    só tesouros caem de sua cabecinha!
    Que beleza. Logo logo, um livrinho seu, hein??

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  2. Adorei :) ' Tomara que esse dom poético seja de família!

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